Brigar com a balança não é uma coisa fácil. Quem tem tendência a ser gordinho sabe do que eu to falando... Agora imagina pra quem depende do corpo pra ser feliz? Calma, não é sobre isso que eu quero falar. O fenômeno Ronaldo, do Corinthians, tem brigado com ela já há um bom tempo.
Ronaldo é um cara vencedor, todos sabem. Já ganhou dois Mundiais e foi o melhor jogador do mundo por três vezes. Ídolo nacional, o atacante tem carisma, é humilde e aquilo que é raro hoje: futebol brasileiro. Entretanto, Ronaldo tem sido execrado pelas pessoas por sua forma física. Com razão. Não há de ser passivo quando fazemos análises.
Mas, como tudo no Brasil, nada é valorizado. Não é difícil encontrarmos críticos que desdenham do Fenômeno. Não de sua capacidade. Mas de sua luta contra a balança. Não basta ser cético. O interessante é perder o amigo, e não deixar de rir. Tudo é assim - já dizia Simão - no país da piada pronta.
Ser engraçado gera popularidade, talvez. Idolatrar quem merece parece um sacrilégio para a nação. Infelizmente, só quando já estão a sete palmos do chão. Vide Cazuza, Raúl, Renato Russo, Cássia Eller... E tantos outros que não viram a consagração enquanto vivos. Provavelmente demore um pouco para que a idolatria por Ronaldo seja um consenso e que ganhe o devido respeito.
Comigo - diga-se Palmeirense - Ronaldo terá sempre seu lugar cativo na memória, como aquele que vi ser dono dos melhores gols, da melhor volta por cima, da melhor humildade e do melhor futebol. Ronaldo é gênio. É 'o' cara da minha geração. E terá sempre meu respeito, independente do hoje.
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